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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Lançamento do livro Biofábrica de Plantas

Prezados

Gostaria de divulgar o lançamento do livro Biofábrica de Plantas.
Uma publicação impar que devera servir para alavancar ainda mais o setor.

Atenciosamente,

Clayton Debiasi (Presindente interino da ABBPlantas)

Visite e siga o blog: http://abbplantas.blogspot.com/

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Resultado da reunião para analise e revisão do conteúdo da IN 46 “Estabelecimento de critérios e procedimentos de prevenção e controle das pragas Banana Strike Virus (BSV) e Cucumber Mosaic Virus (CMV) em mudas de bananeira visando a certificação fitossanitária com vistas a sua comercialização” efetivada junto ao MAPA.

Carta enviada em 05 de Julho de 2011:

Reunião: Reunião para analise e revisão do conteúdo da IN 46 “Estabelecimento de critérios e procedimentos de prevenção e controle das pragas Banana Strike Virus (BSV) e Cucumber Mosaic Virus (CMV) em mudas de bananeira visando a certificação fitossanitária com vistas a sua comercialização”.

Local:Sala de reuniões (305-B) do DSV/SDA/MAPA, Brasilia-DF.

Data/Horário:30 de junho de 2011 as 15:00hs.

Participantes:Cosam Carvalho Coutinho (Diretor DSV/MAPA), Carlos Franz (MAPA), Fernanda Lovato (MAPA), Antonia dos Reis Figueira (UFLA), Eriko Tadashi Seroguchi (MAPA), Keize Pereira Junqueira (EMBRAPA/SNT), Ana Paula Sa Leitão (ABCSEM), Herminio Souza Rocha (EMBRAPA/CNPMF), Josefa Grasiela Silva Santana (BIOMUDAS Sergipetec), Marcos de Matos Ramos (CAMPO), Gilson Westin Cosenza (CGAL/MAPA) e Clayton Debiasi (ABBPlantas/SBW do Brasil)

Pontos abordados:

1.Histórico da criação desta IN:

* Esta IN foi estabelecida pelo MAPA frente uma solicitação do Ministério Publico Federal, em caráter de urgência no final de 2010, a fim de atender processo iniciado por um produtor de bananas no Rio de Janeiro que acusou presença da virose BSV nas mudas adquiridas em uma unidade de propagação in vitro, cobrando do governo quais seriam os procedimentos vigentes de controle desta virose em processos de produção de mudas de bananeira no Brasil.

2.Especificidades das viroses alvo da IN:

2.1.BSV:

* Virus de DNA;

* Possui DNA genomico de 2 tipos integrados ao genoma:
- EPVRs que não apresenta risco de causar danos à planta hospedeira,
- eaBSVs são sequencias completas que apresentam risco de causar danos à planta hospedeira.

* Não existe garantia quando se indica uso exclusivo do método de detecção por PCR, como apresentado nesta IN;

* Detecção limitada:

- Alta variabilidade;

- Segmentos integrado ao genoma que nem sempre reproduzem a infecção;

- Tanto o método por PCR quanto por Elisa podem apresentar falhas na diagnose:
* Por Elisa pode não detectar eaBSVs, gerando falsos negativos;
* Por PCR pode detectar eaBSVs, positivando amostras corretamente, mas também pode detectar EPVRs, gerando falsos positivos.

* Nova tecnologia a ser indicada seria o Rolling cycle PCR:
- Detecta somente o DNA circular, particular aos eaBSVs;
- Necessita ser testado para verificar a viabilidade de ser utilizado em larga escala.

2.2. CMV:

* Virus de RNA;

* De acordo com Dra. Antônia (UFLA), a técnica de Elisa tem sido efetiva para detectar todas as estirpes presentes no Brasil e que utilizando o RT-PCR pode ampliar a detecção de outras estirpes ainda não presentes no Brasil;

* De acordo com Herminio (EMBRAPA), existem escapes virais de CMV, como já divulgado na literatura mundial, e que o uso do RT–PCR para a indexação das plantas matrizes garantira a segurança necessária.

3. Plantas matrizes:

- Garantir qualidade fitossanitária do material matriz utilizado como fonte de material propagativo deve ser prioridade nesta IN;

- Entidades governamentais como Embrapa e outros centros de pesquisa estão trabalhando para formarem bancos de material básico de banana e, a partir destes, disponibilizarem materiais para que também as unidades de propagação, convencional ou in vitro, estabeleçam seus matrizeiros próprios;

- O modelo de atuação das unidades de propagação, definira a exigência em relação ao material matriz:

* Unidades de propagação in vitro:

- Sistema de produção em unidades de propagação in vitro em modelos de cadeia aberta, onde a biofabrica presta serviço de multiplicação de material não próprio:

* O cliente da unidade de propagação in vitro é o responsável pelo material matriz, não sendo exigido para estes casos a manutenção das plantas matrizes em ambientes protegidos, porem obriga-se o registro oficial como área fornecedora de plantas matrizes, com ou sem origem genética comprovada;

* 100% das gemas oriundas das plantas selecionadas no campo deverão ser indexadas, assegurando produção de mudas, dentro das unidades de propagação in vitro, seguindo:
- BSV por Rolling-circle (ao redor de R$ 15,00 por amostra);
- CMV por RT-PCR (ao redor de R$ 10,00 por amostra).

* Pelo menos um filhote das plantas selecionadas devera ser mantida no matrizeiro da unidade de propagação in vitro ate o final do processo produtivo, a fim de possibilitar rastreabilidade do MAPA e o cumprimento do item 6.2  da IN 24 de 16/12/2005;

* No final do processo (ultima fase in vitro), 0,25% do lote devera ser indexado novamente para comprovação da fitosanidade, seguindo:
- BSV e CMV por Elisa (ao redor de R$ 3,00 por amostra, por virus).

- Sistema de produção em unidades de propagação in vitro em modelos de cadeia fechada, onde a biofabrica multiplica material próprio para comercialização:

* A biofabrica deve manter todo material matriz em ambiente protegido (anti-afídeo), obrigando-se a registrar oficialmente como matrizeiro, com ou sem origem genética comprovada;

*100% das plantas deverão ser indexadas para assim seguirem a produção de mudas dentro das unidades de propagação in vitro, seguindo:
- BSV por Rolling-circle (ao redor de R$ 15,00 por amostra);
- CMV por RT-PCR (ao redor de R$ 10,00 por amostra).

* No final do processo (ultima fase in vitro), 0,25% do lote devera ser indexado novamente para comprovação da fitosanidade, seguindo:
- BSV e CMV por Elisa (ao redor de R$ 3,00 por amostra, por virus).

* Unidades de propagação convencional:

- Sistemas de produção em unidades de propagação convencional (viveiros), igualmente trabalhando em modelos de cadeia aberta ou fechada, devem atender aos mesmos requisitos descritos e apresentados anteriormente para unidades de propagação in vitro.

4. Outros pontos a serem considerados:

* IN 46, mesmo com impasses, esta em vigor;

* Dr. Eriko Tadashi Seroguchi (MAPA) buscara caminhos que torne possível a revogação desta IN junto ao Ministério Publico, para que se construa a nova descritiva, dentro de um tempo hábil que permita este trabalho;

* Dra Antonia dos Reis Figueira (UFLA) ira preparar o primeiro conceito da descritiva técnica, abordando todos os pontos discutidos e definidos durante a reunião, que servira de argumentação para demonstrar a necessidade urgente de revogação ou alteração da IN vigente.

* Pensando na construção de uma nova IN para este caso, o prazo para se vigorar devera respeitar aquele necessário para:
- Validar eficiência do método rooling-circle para BSV;
- Garantir numero de laboratórios credenciados para efetivarem os volumes de indexações demandadas;
- Constituição dos matrizeiros (seleção de plantas matrizes, estabelecimento legalmente dos matrizeiros, colocar os matrizeiros em produção plena de material propagativo, dentre outros).


Clayton Debiasi (ABBPlantas)

Holambra-SP, 05 de Julho de 2011

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